Este Blog é destinado a compilar ideias, pensamentos e notícias que ajudem a se saber mais a respeito da Marinha do Brasil, por iniciativa da Sociedade Amigos da Marinha, no Amapá. A Soamar-AP é composta por personalidades agraciadas com a Medalha "Amigo da Marinha", além do corpo de oficiais da ativa, da reserva e de seus sócios Beneméritos e Honorários.

Segurança da Navegação

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Almirante Alípio Jorge é recebido no Parlamento Estadual para firmar convênio com o Estado

A comitiva da Marinha do Brasil com o dirigente do Parlamento Estadual, deputado Kaká Barbosa
O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, deputado Kaká Barbosa (PTdoB) recebeu na tarde desta quinta-feira (30) uma comitiva da Marinha do Brasil, liderada pelo almirante Alípio Jorge Rodrigues da Silva, que é o atual comandante do 4º Distrito Naval, comando militar de área ao qual está subordinada a Capitania dos Portos do Amapá. O encontro serviu para finalizar detalhes de um convênio que possibilitará as chamadas ACISO (Ações Cívico Sociais) para atender as populações ribeirinhas do Amapá.
O almirante Alípio Jorge esteve acompanhado do comandante da Capitania dos Portos, capitão-de-fragata Aderson Oliveira Caldas, e do imediato do Serviço de Patrulha Naval do Norte, capitão-de-fragata Caio Vinícius Feitosa. Pela ALAP estiveram participando da reunião o diretor-geral César Melo e o procurador-geral Eugênio Aguiar.
Nesta sexta-feira, dia 1º de julho, haverá a formalização da parceria entre o Estado do Amapá e a Marinha do Brasil, em evento na sede do Ministério Público do Estado. Os Poderes Constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – formarão um consórcio para possibilitar a realização das ações assistenciais em parceria com a Marinha, que estará disponibilizando uma espécie de navio-hospital, que é o Navio Auxiliar Pará.
Os representantes do Governo do Estado, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Assembleia Legislativa assinarão o convênio juntos, assegurando um aporte de R$ 58,8 mil cada um; as Prefeituras de Macapá e Mazagão, também estarão ombreadas neste grande mutirão, com um investimento de R$ 24,4 mil cada uma.
O presidente Kaká Barbosa declarou que em que pese todas as dificuldades enfrentadas na gestão que herdou no Legislativo, não hesitou em dar a parcela de contribuição do Legislativo nessa grande mobilização que tem cunho eminentemente social e humanitária. “Essa ação foi inspirada no modelo de juizado especial implementado pelo Tribunal de Justiça do Amapá, portanto sabemos da necessidade de levar todo tipo de assistência a nossos irmãos ribeirinhos e a entrada da Marinha vai coroar essa resposta do estado brasileiro às demandas de quem vive às margens dos rios e ao mesmo tempo zelando pela soberania do país e sua Costa”, disse o dirigente da ALAP.
O Navio Auxiliar Pará é considerado uma embarcação multiuso, pois ao mesmo tempo em que é capaz de transportar tropas e equipamento operacionais, possui estrutura de assistência médica e odontológica, além um tomógrafo capaz de enviar exames de imagem ao Hospital Naval, em Belém, onde especialistas podem emitir laudos.

César Melo, Eugênio Aguiar, capitão Caio Feitosa, Almirante Alípio Jorge, presidente Kaká e capitão Oliveira Caldas

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Operação “Cabo Orange” combate crimes na fronteira com Guiana Francesa

Ações estão voltadas para a repressão ao tráfico de drogas, crimes ambientais e cumprimentos de mandados de prisão

 
O 12º Batalhão da Polícia Militar (PM) integra a “Operação Cabo Orange”, deflagrada no dia 1º de junho, no munício de Oiapoque, no extremo norte do Amapá. Trata-se de uma ação integrada, com órgãos nacionais e estaduais, como Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias Civil e Militar, dentre outros.
O objetivo é combater crimes na área, fronteira internacional com a Guiana Francesa (departamento ultramarino da França na América do Sul). De acordo com o capitão Vinícius Batista, comandante do 12º BPM, de Oiapoque, as ações policiais estão voltadas para a repressão ao tráfico de drogas, a crimes ambientais, cumprimentos de mandados de prisão e abordagem a condutores de veículos.
“Estamos com um efetivo de mais de 30 policiais militares para integrar a ação, contando com apoio do efetivo do município de Calçoene e do Batalhão Ambiental”, informou o oficial.
Na fase final, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) deve se juntar ao contingente. O trabalho da força-tarefa não tem data para encerrar.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

AMAPÁ NA ANTÁRTIDA: Uma grande aventura no continente gelado!

REPORTAGEM/ O presidente da Soamar-AP, empresário Glauco Cei, conta detalhes da aventura até o Pólo Sul a convite da Marinha do Brasil
Glauco Cei faz questão de abrir a bandeira do Amapá em pleno Continente do Gelo. A viagem ao Polo Sul foi uma das maiores experiências de viagem que esse experiente turista diz já ter feito. Ele fez o trajeto a convite da nossa Marinha.

Por Cleber Barbosa 
Editor de Turismo

O empresário amapaense Glauco Cei, é o que se pode chamar de um viajante “rodado”, com inúmeras viagens internacionais registradas no passaporte. E na memória, claro. Ele já esteve nos cinco continentes a passeio ou a trabalho. Mas no mês passado surgiu um convite que ele diz ter sido uma agradável surpresa, afinal iria para onde jamais esteve, um sonho mesmo: A Antártida.  Essa experiência, que ele reputa como sendo “de vida” é a história a ser contada neste domingo pelo Diário do Amapá, na volta da promoção “Minha Viagem Inesquecível”.
Primeiro ele registra que o ineditismo da viagem vem também do fato de que não é qualquer pessoa que entra na Antártida. “Trata-se de uma base militar internacional, portanto é preciso ter uma autorização especial, que neste caso foi da Marinha do Brasil, já que o nosso país é signatário do protocolo de cooperação de vários países que mantém bases científicas no extremo sul do planeta”, relata Glauco, que é o presidente da Soamar-AP, a Sociedade Amigos da Marinha no Amapá, entidade que congrega personalidades civis e militares que são possuidoras da Medalha Amigo da Marinha.
Itirerário
A viagem do nosso personagem só pode ter começado em Macapá – onde ele mora – mas oficialmente o deslocamento iniciou no Rio de Janeiro, na Base Aérea do Galeão. De lá, a bordo em um avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira, foram cinco horas de voo até Punta Arenas (Chile), onde é feita uma parada técnica para reabastecimento e embarque de equipamentos e outros meios que garantem a sobrevida e o mínimo de conforto na Antártida, onde militares e pesquisadores de universidades de toda parte do país passam meses a fio. Mais uma hora e meia até a base na Antártida – 1,5 mil km em média.
Glauco explica que o controle na entrada é também devido ao rigor das condições climáticas, onde facilmente se registra um frio de -40ºC (abaixo de zero), condições de fato inóspitas com direito a tempestade de neve. “E são exatamente essas situações do clima que proporcionam estudos sobre o nosso planeta, num enorme esforço internacional para entendermos a natureza e realizar pesquisas que proporcionam benefícios para a comunidade internacional, onde o Brasil também é um dos beneficiários”, explica Glauco. Ele também lembra que animais marinhos como as gigantes baleias Jubarte, habituês da Antártida, também costumam percorrer a Costa Sul do Brasil. “A Antártida é um berçário de várias espécies, o que já valeria o ingresso”, diz Cei.


Como fazer turismo na "terra do fim do mundo"
Se a entrada na Antártida é limitada, especialmente na Estação Antártica Comandante Ferraz, Glauco Cei lembra que existem voos regulares para algo ali perto, em Ushuaia, a cidade mais austral do mundo – também conhecida como o Terra do Fim do Mundo – que tem pouco mais de cem anos e já possui uma história riquíssima com um entorno paisagístico espetacular contornado por bosques, montanhas, rios e lagos. Está localizada na Ilha da Terra do Fogo, na Argentina. É o ponto de partida para percorrer e descobrir lugares únicos como navegar no Canal de Beagle, alcançar o Farol do Fim do Mundo, percorrer o Parque Nacional mais austral do mundo, e partir desde sua baia até a imensa e misteriosa Antártida. Tudo isso alimenta ainda hoje a imaginação dos aventureiros de todo o planeta. Em Ushuaia as opções são variadas em qualquer época do ano, podendo-se percorrer suas belas paisagens em carro, caminhando, cavalo, trem e navegando, desfrutando e praticando várias atividades como trekking, pesca com mosca, canoísmo, ciclismo, estâncias e observação de flora e fauna. Possui hotelaria de nível internacional com estabelecimentos de até 5 estrelas e uma excelente gastronomia.

Como aconteceu a presença brasileira no continente polar sul das Américas
Em maio de 1975, o Brasil assinou o Tratado da Antártica, passando a integrá-lo com membro aderente, sem direito a voto nas deliberações. No segundo semestre desse mesmo ano, criou-se um grupo de trabalho interministerial, sob coordenação do Ministro das Relações Exteriores, com o propósito de reunir subsídios para formulação de uma política nacional relativa ao assunto e propor as primeiras medidas concretas para a atuação brasileira na Antártica. No início da década de sessenta, oficiais hidrógrafos passaram a atuar como observadores, em expedições chilenas à Antártica. Posteriormente, oficiais de outras especialidades também acompanharam operações inglesas, argentinas, russas, e alemães, além das chilenas.
Com a decisão adotada pelo Governo em 1981, de enviar uma expedição brasileira à Antártica, adquiriu-se à Dinamarca um navio polar, Thala Dan, que recebeu, no Brasil, a classificação de Navio de Apoio Oceanográfico e o nome de Barão de Teffé. A fim de evitar despesas decorrentes da criação de um novo órgão, como se preconizara inicialmente, as tarefas que competiriam àquela foram atribuídas à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), com sua secretaria executiva, a SECIRM, conduzida pelo Ministério da Marinha.
Em 23 de agosto de 1983, o avião C-130 Hercules, da Força Aérea Brasileira, pousou na pista de pouso da Estação Marsh, na Ilha do Rei George, do Chile, na Antártica, inaugurando o Voo de Apoio Antártica, que vem sendo realizado sete durante as Operações Antárticas. Nas operações seguintes, a estação foi ampliada e a participação do País se consolidou notadamente com a expansão da permanência das equipes: desde 1985, a ocupação de Ferraz passou a ser em tempo integral, com as equipes de verão e inverno revezando-se. 

Curiosidades
- O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) é um programa da Marinha do Brasil, que tem presença no continente da Antártida. Ele coordena a pesquisa e o apoio operacional para a pesquisa na região. Atualmente, mantém uma estação de pesquisa durante todo o ano na Antártica (Estação Antártica Comandante Ferraz), bem como vários acampamentos sazonais. Ele também mantém dois navios de investigação que navegam nas águas da Antártida .

1975
Ano de entrada do Brasil no Continente Gelado.

PASSAPORTE 

Conheça tudo sobre o Navio-Auxiliar Pará, do 4º Distrito Naval

D a t a s

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1982
Incorporação (ENASA): 1982
Incorporação (MB): 19 de janeiro de 2005

C a r a c t e r í s t i c a s

Deslocamento: 652 ton (deadweight), 1.982 ton (net tonnage).
Dimensões: 56.11 m de comprimento, 52.81 m de comprimento entre pp, 21.42 m de boca e 3.60 m de calado (leve) e 5.01 m de calado (carregado).
Propulsão: diesel.
Eletricidade: ?
Velocidade: cruzeiro de 8 à 10 nós e máxima de 11 nós.
Raio de Ação: ?
Armamento: 4 metralhadoras .50 (12.7 mm).
Sensores: ?
Equipamentos: garagem para viaturas, 1 consultório médico e 1 gabinete odontológico.
Código Internacional de Chamada: PWBE (MB), PP5483 (ENASA)
Tripulação: 66 homens, sendo 7 oficiais e 59 praças.
Tropa: 175 Fuzileiros Navais.


H i s t ó r i c o

O Navio Auxiliar Pará, é o sexto navio(1) a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado do Pará (2). O ex-Catamarã "Pará", foi doado pelo Governo do Estado do Pará a Marinha do Brasil, mas será empregado de forma compartilhada com a Marinha que ira utilizado principalmente como navio de comando e controle, e no transporte de tropas e material na região amazônica, já o Governo do Pará ira utilizá-lo na Assistência Social a comunidades ribeirinhas. Antes de ser incorporado a Marinha pertencia a estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., já extinta, onde operava com o mesmo nome, na linha Belém-Manaus-Belém, classificado como Navio Fluvial de Turismo, transportando veículos, passageiros e carga. Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 19 de janeiro de 2005, em cerimônia realizada na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém-PA, presidida pelo AE Rayder Alencar da Silveira, Chefe do Estado-Maior da Armada e que contou com a presença da Vice-Governadora do Estado do Pará, Sra. Valeria Vinagre Pires Franco entre outra autoridades civis e militares. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta Osiris José Vieira de Menezes.

Antes de ser incorporado, passou por reparos e sofrer uma serie de adaptações na BNVC - Base Naval de Val-de-Caes, em Belém-PA, sendo instalados consultórios médicos e odontológicos, revisadas as maquinas e os compartimentos habitáveis e instalados novos radares e equipamento de comunicação.

Um pouco mais sobre o Pará em sua fase na ENASA:

"Ao final da década de 70 estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., contratou ao IPT de São Paulo um estudo sobre novas embarcações de passageiros para a Amazônia. Deste estudo resultou o projeto de 3 catamarãs em versão popular, onde os passageiros viajavam em redes (como é comum na região) e dois outros mais sofisticados para turismo. Estes dois se chamariam Pará e Amazonas. O projeto básico foi desenvolvido pelo IPT e a construção contratada a INCONAV, localizada na ilha da Conceição, exatamente onde hoje funciona o estaleiro AKER-PROMAR. Durante a construção do primeiro catamarã, a INCONAV entrou em dificuldades financeiras incontornáveis passando ao controle do Estaleiro MacLaren. Isso aconteceu durante o ano de 79.

O Pará quando pertencia a ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A. (foto: coleção do Engº Naval Eduardo Gomes Câmara)

O projeto do IPT, foi reformulado pela equipe do MacLaren, sendo introduzidas simplificações da estrutura, refazendo todo o arranjo das áreas de passageiros e introduzindo áreas de recreação que não existiam. Por especificação da ENASA, na região da popa haveria um convôo para eventualmente atender necessidades da Marinha. Porém, na fase de detalhamento do projeto do convôo foi então visto pela Marinha que a área disponível não era adequada para operação de qualquer helicóptero que ela operava na região, sendo assim a idéia do convôo foi abandonada. Como havia falta de área de recreação para os passageiros, então a área que seria do convôo foi transformada em uma piscina, com um bar na parte de baixo. O navio parecia um caixote mas seu conceito era interessante. Havia espaço para passageiros, carga (inclusive com guindaste), transporte de correio e até uma pequena cela de prisão.

Já no primeiro navio da série apareceram problemas com o peso leve que resultou em aumento de calado. A saída da âncora ficava abaixo da linha d'água mas com muita criatividade e empenho dos funcionários do MacLaren, foi resolvido o problema da ancoragem, com os molinetes sendo colocados em uma posição mais elevada no convés para permitir um comprimento suficiente de amarras e que a saída do escovem ficasse localizada ligeiramente acima da linha d'água."

Um fato curioso é o novo brasão conferido ao navio, uma vez que tradicionalmente os brasões são repassados aos navios sucessivamente, sejam quais forem os seus tipos. É possível que a permanência do CT Pará - D 27 ainda em atividade, tenha motivado essa substituição. Como sabemos, tradicionalmente os navios que homenageiam os estados brasileiros permanecem com os mesmos brasões originais. O Amazonas, unidade irmã de classe do Pará, encontra-se parado em Belém.

O NA Pará, atracado na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: SRPM). Cerimonia de Mostra de Armamento e Incorporação a Armada do NA Pará, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: SRPM). Embarque da primeira tripulação durante a Cerimonia de Mostra de Armamento e Incorporação a Armada do NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: Fernando Araújo).

2005

O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes).

Participou da Operação RIBEIREX 2005, integrando a FT Ribeirinha composta pelos NPaFlu Pedro Teixeira - P 20Raposo Tavares – P 21Rondônia – P 31 e Amapá – P 32, NPa Bracuí - P 60 e o NAsH Carlos Chagas - U 19.

O NA Pará - U 15, operando com o Raposo Tavares, Pedro Teixeira e o Bracuí na RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15 e o NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15 e o NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes).

2006

Em abril, atendeu comunidades da região do arquipélago do Marajó, entre elas Curralinho.

Entre 15 e 21 de maio, participou da Operação ADERIB-2006, onde foram empregados todos os navios da Flotilha do Amazonas, embarcações da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental e da Agencia em Tefé, além de um Grupo de Apoio Logístico, composto por meios da Estação aval do Rio Negro e do Deposito Naval de Manaus, tropas do Batalhão de Operações Ribeirinhas e aeronaves do 5º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral. A operação foi realizada na área do município de Coari-AM, mobilizando um efetivo embarcado de cerca de 1.000 militares. Ao Comandante da FT Ribeirinha foi atribuída a missão de restabelecer e manter o controle de uma área ribeirinha entre a foz do Paraná do Copeá até a localidade de Coari, no rio Solimões, a fim de garantir o escoamento de gás e petróleo produzido na província petrolífera de Urucu.

Participou da Operação TUCUNARÉ realizada entre os dias 13 e 22 de setembro de 2006 nos estados do Pará e Amapá sob o coordenação do Ministério da Defesa, integrando a Força Naval Marajó composta por um NPaFlu da classe "Pedro Teixeira"; um NPaFlu da  classe "Roraima"; um NPa da classe "Bracuí"; o NAsH Oswaldo Cruz – U 18; o NA Pará – U 15 e o RbAM Almirante Guillem – R 24, além de um Destacamento do Batalhão de Operações Ribeirinhas (Dst Btl Op Rib); um Destacamento do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém (Dst Gpt FNBe); um Destacamento do Grupo de Mergulhadores de Combate (Dst GRUMEC) e uma aeronave da ForAerNav.

O Exército empregou efetivos da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (Marabá-PA), da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada (Recife-PE), da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada (Natal-RN), da Brigada de Operações Especiais (Goiânia-GO), do 2º Batalhão de Infantaria de Selva (Belém-PA), do 4º Batalhão de Aviação do Exército (Manaus-AM), e da 1ª Companhia de Guerra Eletrônica, e a Força Aérea empregou meios e efetivos da V Força Aérea (Rio de Janeiro-RJ) e da I Força Aérea (Natal-RN).

2007

Entre 24 de setembro e 3 de outubro participou da Operação RIBEIREX-AM 2007 nas comunidades Augusto Montenegro, Itapeaçu  e Urucurituba, localizadas nas proximidades de Itacoatiara. A operação foi coordenada pelo Comando do 9º Distrito Naval e a FT Ribeirinha foi formada pelos Navios-Patrulha Fluviais Pedro Teixeira e Rondônia, os Navios-Patrulha Bracuí e Pampeiro, Navios de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz e Doutor Montenegro e o Navio-Auxiliar Pará, com a Agência de Itacoatiara prestando apoio. Foram realizados exercícios ofensivos para o restabelecimento do controle fluvial da região, por meio de Operação Ribeirinha, e Ações Cívico-Sociais (ACISO).

2009

Entre 4 e 12 de março, realizou comissão em apoio a ação "Rios de Saúde" atendendo as comunidades de Bagre (04 a 06/03), Breves (07 a 09/03) e Curralinho (10 a 12/03), no arquipélago do Marajó, com atendimentos médico e odontológico, exames, vacinação, cidadania e palestras de cunho social. Nessa que foi a quinta expedição do programa 49 servidores do Governo do Estado e cerca de 50 militares.

Em meados de maio, suspendeu de Belém transportando 150 homens do Exército para participar de uma operação no municipio de Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa. Depois de seguir para Santana, realizou a partir do dia 22 de maio uma comissão de atendimento básico de saúde e educação para moradores do Arquipélago do Bailique, além da manutenção dos faróis da localidade.

Em 26 de maio suspendeu de Santana retornando para Belém trazendo de volta a tropa do Exército.

2010

Recebeu a estação tática do SISCOMIS, para comunicações por banda X e Ku.

2011

Entre 23 de maio e 3 de junho, participou da Operação AMAZÔNIA 2011, que envolveu meios e efetivos da Marinha, Exército e da Aeronáutica em uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, abrangendo os municípios de Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Coari, Japurá, Fonte Boa, Jutaí e Yauaretê. A FT Ribeirinha era formada pelos NaPaFlu Pedro Teixeira – P 20Rondônia – P 31 e Amapá – P 32, os NPa Pampeiro – P 12 e Bocaina – P 62, o NA Pará – U 15 e o NAsH Oswaldo Cruz  - U 18, além do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3) e de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, composto por elementos do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra, do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém e do Batalhão de Operações Ribeirinhas.

No dia 21 de julho, foi realizada a bordo do navio na Baía do Guajará, pelo Comando do 4º DN a cerimônia cívico-militar alusiva aos Marinheiros Mortos em Guerra. A solenidade foi presidida pelo Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Rodrigo Otávio Fernandes de Hônkis, e contou com a presença dos titulares das Organizações Militares subordinadas e autoridades civis e militares.

Entre os dias 22 e 26 de julho esteve atracado no Cais da Escadinha, em Belém onde realizou uma ACISO atendendo moradores da capital paraense e ilhas adjacentes, com o apoio de uma equipe de médicos, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos em radiologia, do Hospital Naval de Belém. Foram realizados um total de 86 exames de mamografia, 669 atendimentos médico-ambulatoriais e 198 atendimentos odontológicos.

No dia 23 de agosto, foi comemorado o 95° aniversário da Aviação Naval, em uma solenidade militar a bordo do navio, da qual participaram da cerimônia Oficiais e Praças aperfeiçoados e especializados em aviação; o Comandante da Base Aérea de Belém, Coronel Aviador Alexandre Pinto Sampaio; o Vice-Presidente da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, Comandantes de Esquadrão de Aeronaves, além de membros da Sociedade de Amigos da Marinha-Pará.

Entre 24 e 30 de agosto realizou uma Ação Cívico-social (ACISO) na cidade de Breves-PA. Com o apoio de profissionais da área da saúde do Hospital Naval de Belém foram realizados 728 atendimentos médicos, 112 atendimentos odontológicos, e 70 exames de mamografia. Houve, também, a distribuição gratuita de medicamentos, mediante a receita médica obtida a bordo.

Como parte das atividades realizadas durante a comissão, participou, também, da “Campanha contra o Escalpelamento”, em apoio à Capitania dos Portos da Amazônia Oriental. Durante os quatro dias em que o navio permaneceu abarrancado na cidade de Breves, alcançou resultados expressivos com a colocação de 121 coberturas de eixo.

Aproveitando a viagem pela região dos estreitos na Ilha de Marajó-PA, 125 alunos do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar embarcaram no navio, a fim de realizar parte prática do curso de formação de praticantes.

Entre 21 de novembro e 10 de dezembro realizou a Comissão CHANCE PARA TODOS XXVII, em atendimento às populações ribeirinhas das cidades de Muaná, São Sebastião da Boa Vista e Curralinho, todas na Ilha de Marajó-PA; e, ainda, Cametá e Abaetetuba, na região do baixo Rio Tocantins.

Nesta edição, foram realizados 231 exames de mamografia com laudo, 3.226 consultas médicas e 432 procedimentos odontológicos, além de distribuídos, gratuitamente, 50.405 medicamentos. Durante a comissão, foram também interrogadas embarcações em trânsito nas proximidades das localidades visitadas, sendo 122 inspecionadas quanto a possíveis irregularidades. Apoiando a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental na “Campanha contra o Escalpelamento”, as equipes embarcadas no navio realizaram, ainda, a colocação de volantes e coberturas de eixo em 140 embarcações da região.

Ainda dentro nessa comissão outros órgãos públicos operaram em conjunto com o navio, como foi o caso do Programa Justiça e Juizado Especial Itinerantes, onde foram realizados 2.328 atendimentos jurídicos, com a presença de juízes do Tribunal de Justiça do Pará, promotores do Ministério Público Estadual e membros da Defensoria Pública.

Aproveitando-se da facilidade existente a bordo para a comunicação via satélite por meio da Banda Ku, os técnicos do INSS embarcados realizaram atendimento de 454 beneficiários, com a consulta direta ao banco de dados do Instituto.

Na área de segurança pública, foram 48 atendimentos, prestados pelos agentes da Polícia Federal, da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará.

2012

No dia 12 de julho em cerimônia presidida pelo Chefe de Operações Navais e Diretor-Geral de Navegação, AE Gilberto Max Roffé Hirschfeld , recebeu o Prêmio "Contato-CNTM/ Distrital-4º  DN", relativo ao período maio de 2011-abril 2012.

Entre 5 e 22 de novembro participou da Operação RIBEIREX-AMAZONAS realizada pelo
Grupamento de Patrulha Naval do Norte, Comando da Flotilha do Amazonas, tropas
do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém e do Batalhão de Operações Ribeirinhas, além de helicópteros do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, na região de Santarém-PA, com o propósito  adestrar a tripulação dos Navios e Tropas de Fuzileiros Navais em Operações Ribeirinhas.

A Força-Tarefa ribeirinha foi formada por um GT composto pelos NPa Bocaina – P 62Guanabara – P 48Parati - P 13 e Pampeiro – P 12 e o NA Pará – U 15 do Comando do 4º Distrito Naval r o GT Fluvial 420 composto pelos NPaFlu Pedro Teixeira – P 20Raposo Tavares – P 21 e Roraima – P 30 e o NAsH Soares de Meirelles – U 21.

2013

Participou da Operação AGATA 7 realizada entre os dias 18 de maio e 6 de junho, atuando na área de jurisdição do 9º DN onde realizou Ação Cívico-Social (ACISO) na comunidade do Canivete, localizada na Ilha Caviana de Dentro, no município de Chaves, no Marajó-PA.



O u t r a s    F o t o s

O NA Pará atuando no Programa Ação Rios de Saúde, promovida em conjunto com o Governo do Estado do Pará. (foto: Monique Mascarenhas). (foto:  Land Nick) O Pará navegando com o auxilio de um Empurrador Fluvial. (foto: coleção de G. Piza, via Rogério Cordeiro) O Pará navegando com o auxilio de um Empurrador Fluvial. (foto: coleção de G. Piza, via Rogério Cordeiro)

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

ComandantePeríodo
CC Osiris José Vieira de Menezes19/01/2005 a __/__/2006
CC__/__/2006 a __/__/2007
CC__/__/2007 a __/__/2008
CC__/__/2008 a __/__/2009
CC Guilherme Lopes Malafaia23/01/2009 a 22/01/2010
CC André Gustavo Silveira Guimarães22/01/2010 a __/01/2011
CC Erico Sant' Anna Vilela__/01/2011 a __/01/201_
CC Luiz Ricardo Batista Ramalho__/__/201_ a __/01/2014
CC__/01/2011 a __/01/201_

B i b l i o g r a f i a

NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 771, jul. 2006; n.º 787,nov. 2007.

- Lloyd's Register.

Colaboração Especial do Engº Naval Eduardo Gomes Câmara, Luiz Brazil Cotta e Vagner Belarmino.

(1) Na nota do SRPM sobre a incorporação do NA Pará, consta como sendo o oitava navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Em nossas pesquisas só conseguimos encontrar ele e mais cinco: a Escuna Pará, ex-Emilia; Monitor Encouraçado Pará, CT Pará 1908-1936, CT Pará 1959-1978 e o atual CT Pará desde 1989.
(2) Pará, estado, cidade, ilha e rio do Brasil, em tupi-guarani i-pa-rá que significa "Coletor de Águas do Mar".

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Capitania apura incêndio em embarcação no município de Afuá, no Pará


Foto: Seles Nafes

O comando da Capitania dos Portos do Amapá, informou, por meio de uma nota à imprensa, estar instaurado procedimento para apurar as causas do acidente envolvendo uma embarcação no município de Afuá (PA), que fica sob jurisdição daquela Organização Militar.

Segue a íntegra do comunicado expedido pela Marinha.


NOTA À IMPRENSA



A Capitania dos Portos do Amapá (CPAP) informa que, por volta das 14h00 do dia 17 de junho de 2016, recebeu a informação sobre a ocorrência de incêndio em uma embarcação do tipo transporte de carga, de nome “COMTE SOUZA”, atracada na orla do município de Afuá-PA.

As primeiras informações constam que o Comandante da referida embarcação estava a bordo no momento do sinistro e que o combate ao fogo foi realizado pela brigada de incêndio da cidade e por populares. Durante o combate às chamas, um dos tripulantes da embarcação teria sofrido ferimentos leves. Não houve vítimas fatais e o incêndio já foi debelado, sendo realizado no momento o trabalho de rescaldo e a contagem dos prejuízos materiais. A princípio não há indícios de ocorrência de poluição hídrica no local do acidente.

Um Inquérito Administrativo será instaurado, visando a apurar as causas do Acidente. A Marinha do Brasil ressalta a importância da população de participar ativamente nesse esforço de fiscalização, informando qualquer situação que possa afetar a Segurança da Navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e vias navegáveis ou que represente risco de poluição ao meio hídrico, por meio do Disque Segurança da Navegação: 08002807200, (96) 3281-5480 ou pelo Whatsapp (96) 99105-6553.

Se liga, Você é o Capitão!”
Segurança da Navegação: Todos somos responsáveis”
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