Este Blog é destinado a compilar ideias, pensamentos e notícias que ajudem a se saber mais a respeito da Marinha do Brasil, por iniciativa da Sociedade Amigos da Marinha, no Amapá. A Soamar-AP é composta por personalidades agraciadas com a Medalha "Amigo da Marinha", além do corpo de oficiais da ativa, da reserva e de seus sócios Beneméritos e Honorários.

Segurança da Navegação

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A mulher na Marinha do Brasil: saiba como ingressar na carreira

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A participação da mulher no Serviço Ativo da Marinha (SAM) foi estabelecida por lei, em caráter pioneiro, a partir de 1980, restrita ao já extinto Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM), tendo perfil de carreira próprio e acesso limitado a determinados cargos e ao serviço em terra. Entre 1995 e 1996, por intermédio de novos textos legais, foi estendido o acesso das oficiais aos Corpos de Saúde e de Engenheiros Navais.
A Lei no 9.519, de 26 de novembro de 1997, que reestruturou os Corpos e Quadros de Oficiais e Praças da Marinha (LRCQ), além de extinguir o CAFRM, ampliou significativamente a participação da mulher nas atividades da Força Naval. Em consequência, outrora pertencente a um único Corpo Auxiliar, as Oficiais e Praças da Marinha do Brasil (MB) prestam hoje serviços no Corpo de Intendentes da Marinha (IM), no Corpo de Engenheiros da Marinha (EN), nos Quadros do Corpo de Saúde da Marinha, nos Quadros Técnico e Auxiliar da Armada do Corpo Auxiliar da Marinha, no Corpo Auxiliar de Praças e no Quadro de Músicos do Corpo de Praças de Fuzileiros Navais.
Dos Corpos e Quadros onde se distribuem, as Oficiais da MB possuem acesso aos postos de Oficial-General, até Vice-Almirante: os Corpos de IM e EN; e o Quadro de Médicos (Md), do Corpo de Saúde da Marinha.
Atualmente, 6.922 mulheres estão no SAM, sendo 3.197 Oficiais e 3.725 Praças, prestando valorosos serviços no desempenho de atividades nas seguintes áreas de conhecimento:

I - Oficiais (nível superior de formação):

- Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (Quadro de Intendentes e Quadro Complementar do Corpo de Intendentes da Marinha);

- Engenharia e Arquitetura e Urbanismo (Corpo de Engenheiros);

- Medicina, Fisioterapia e Patologia Clínica (Quadro de Médicos do Corpo de Saúde da Marinha);

- Odontologia; Patologia Bucal e Estomatologia; e Prótese Dentária (Quadro de Cirurgiões-Dentistas do Corpo de Saúde da Marinha); e

- Administração Hospitalar, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia (Quadro de Apoio à Saúde do Corpo de Saúde da Marinha).

- Administração, Arquivologia e Gestão de Documentos, Banco de Dados, Biblioteconomia, Ciências Náuticas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Desenho Industrial, Direito, Educação, Engenharia, Estatística, Geologia e Geofísica Marinha, Informática, Meteorologia, Museologia, Oceanografia, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social (Quadro Técnico do Corpo Auxiliar da Marinha);

- Administração, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia, Estatística, Fisioterapia, Informática, Pedagogia, Psicologia e Serviço Social (Quadro Auxiliar da Marinha do Corpo Auxiliar da Armada);
II - Praças (nível médio de formação):

- Administração; Administração Hospitalar; Contabilidade; Desenho de Arquitetura; Desenho Mecânico; Edificações; Eletrônica; Enfermagem; Estatística; Estruturas Navais; Geodésia e Cartografia; Gráfica; Higiene Dental; Mecânica; Meteorologia; Metalurgia; Motores; Nutrição e Dietética; Patologia Clínica; Processamento de Dados; Prótese Dentária; Química; Radiologia Médica; Reabilitação; Secretariado e Telecomunicações (Quadro Auxiliar Técnico de Praças do Corpo Auxiliar de Praças da Marinha);

- Administração; Contabilidade; Desenho de Arquitetura; Desenho Mecânico; Edificações; Eletrônica; Enfermagem; Estatística; Estruturas Navais; Geodésia e Cartografia; Gráfica; Higiene Dental; Mecânica; Meteorologia; Nutrição e Dietética; Patologia Clínica; Processamento de Dados; Prótese Dentária; Química; Reabilitação; Secretariado e Telecomunicações (Quadro Técnico de Praças do Corpo Auxiliar de Praças da Marinha); e

- Música (Quadro de músicos do Corpo de Praças Fuzileiros Navais).
Há também mulheres Praças que exercem atividade de Mergulho e Educação Física. 
Cabe ressaltar, que, em novembro de 2012, a Presidenta Dilma Rousseff assinou a promoção da primeira mulher a ocupar um cargo de Oficial General das Forças Armadas Brasileiras, a Contra-Almirante (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes. Assim, a MB reafirmou seu pioneirismo, pois foi também a primeira Força que admitiu mulheres militares em seus quadros. 
Como parte do contínuo processo de atualização e aprimoramento da administração do seu pessoal, a Força Naval admitiu, em 2014, a primeira turma de Aspirantes femininas da Escola Naval (EN).
Foram 12 vagas específicas para o Corpo de IM, destinadas a candidatas com idade entre 18 e 23 anos, que tivessem concluído o ensino médio.
As jovens, ao longo de quatro anos, estudarão disciplinas afetas às áreas de Administração, Contabilidade Geral e de Custo, Orçamento, Finanças, Abastecimento, Logística e Auditoria, dentre outras.
Além da formação profissional-militar, as Aspirantes recebem aulas de Educação Física e, de acordo com seu desempenho, podem integrar uma das várias equipes esportivas, como: esgrima, vela, remo, vôlei, basquete, orientação, atletismo, judô e tiro. As futuras Oficiais poderão participar, ainda, de diversos grêmios, como: línguas, xadrez, comunicações, aviação, mergulho, música, fotografia, etc.
Ao final do curso, serão declaradas Guardas-Marinha e embarcarão no Navio-Escola “Brasil”, onde realizarão uma viagem de instrução de duração aproximada de seis meses, durante a qual, complementarão sua formação profissional e cultural, tendo a oportunidade de visitar países das Américas, Europa, percorrendo os Oceanos Atlântico e Pacífico, e o Mar Mediterrâneo.
Após o regresso da viagem de instrução, as Guardas-Marinha serão nomeadas Oficiais - no posto de 2º Tenente - e designadas para exercerem atividades nas diversas Organizações Militares da MB distribuídas ao longo de todo o território nacional, como: Centros de Intendência, Bases Navais e de Fuzileiros Navais, entre outras.
 Saiba mais sobre o ingresso na Marinha do Brasil em http://www.ingressonamarinha.mar.mil.br

Senado aprova licença-maternidade de seis meses para militares

As mulheres que integram as Forças Armadas terão em breve assegurado em lei o direito de usufruir de licença-maternidade de seis meses, como já ocorre com as servidoras públicas civis. O direito é estabelecido no PLC 22/2013, aprovado nesta quinta-feira (26) pelo Senado, que segue agora para sanção presidencial.
De autoria da Presidência da República, o projeto regulamenta o direito à licença-maternidade no âmbito das Forças Armadas. O projeto estabelece não só o direito à licença-maternidade, mas à licença-paternidade e à licença para adotantes.

O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a matéria sensibilizou ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

—  Entendemos que esta é uma matéria que faz com que a deliberação do Senado se reencontre com os interesses da sociedade, especialmente o das mulheres — afirmou.

De acordo com o texto aprovado, a militar terá direito a licença-maternidade de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, conforme previsto na Lei 11.770/2008. A prorrogação já é prevista para todas as servidoras públicas. A licença começará a contar do parto ou do nono mês de gestação, se for de interesse da gestante. Se o bebê for prematuro, o prazo contará a partir do parto.

Em caso de aborto, a militar terá direito a 30 dias de licença para tratamento da própria saúde. Além disso, a militar gestante terá o direito de mudar de função quando as condições de saúde exigirem, retornando após o término da licença.

No caso das adotantes, o projeto garante licença remunerada por 90 dias à militar que adotar criança com até um ano de idade e por 30 dias quando se tratar de criança com mais de um ano. Já o militar que for pai, ou adotar uma criança, terá direito a licença de cinco dias seguidos.

O projeto estabelece ainda que, durante o período de amamentação do próprio filho, até que este complete seis meses de idade, a militar terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

A aprovação do projeto foi apoiada por diversos senadores em plenário, entre eles José Pimentel (PT-CE), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Jorge Viana lembrou que, atualmente, as militares só têm direito a quatro meses de licença, enquanto as servidoras civis usufruem dos seis meses. Pimentel classificou a aprovação da proposta como uma “correção nos direitos das mulheres das Forças Armadas”. Para ambos, é essencial que o país garanta os mesmos direitos das mães civis para as mães militares.

O senador acrescentou que já está comprovado cientificamente que apenas quatro meses de licença são insuficientes para um adequado cuidado do bebê. Lúcia Vânia disse que proteger a maternidade significa respeitar os direitos humanos e os direitos de família. Gleisi Hoffmann comemorou o fato de “a grande conquista” da licença-maternidade de seis meses estar sendo estendida às mulheres militares.

Restaurante Estaleiro está de luto pela morte de seu fundador.

Senhores e Senhoras Clientes, é com muito pesar que informamos que neste dia 26/02/2015, quinta feira, não abriremos em razão do falecimento do nosso Patriarca Francisco Paulino Rodrigues, o Chico, o Careca, o Pescador Palhaço, fundador desse empreendimento familiar. Nosso Comandante navegou por mais de 20 anos nos rios e Igarapés da Amazônia e no Oceano Atlântico, onde sempre trazia o que para o mar era lixo, ele transformava, reutilizava de forma inconsciente reusava, reciclava e reinventava, ensinava o respeito ao meio Ambiente.
No início da década de 1990, meu Pai, Mamãe e meu irmão Charles idealizaram o nosso Estaleiro Restaurante. Até então não imaginávamos o que esses sonhadores estavam aprontando e a família inteira abraçou a ideia, pois era é hora do nosso Pai aportar em terra firme e sair da pescaria, pois a pirataria nos rios e oceano Atlântico era uma realidade e era a oportunidade do nosso Pai em permanecer com a família nossa alegria foi completa.
Esse sonho teve seu primeiro dia aberto ao público em 13/11/2002, que passou a ser a extensão do nosso lar, quadros, cordas, esculturas, decoração náutica e o majestoso Barco Motor Dico Batista, que fora resgatado do estaleiro já sem utilidade para fazer parte do empreendimento , primeiro barco de pesca do Papai, que levava o nome do nosso Avô Raimundo Pompeu Batista, conhecido como Dico Batista do Oiapoque a Belém. E agora pela vontade do Senhor Deus nos deixou. Agradecemos a compreensão neste momento de dor da família do Estaleiro Restaurante.

Saiba mais sobre o novo Comandante da Marinha do Brasil

Alte Esq Leal Ferreira, Ministro da Defesa e Alte Esq Moura Neto durante a cerimônia
Foi realizada, no dia 6 de fevereiro, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, a cerimônia de assunção de cargo de Comandante da Marinha. Na ocasião, o Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto passou o comando para o Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira. A cerimônia foi presidida pelo Ministro da Defesa, Jaques Wagner, e contou com a presença de autoridades militares e civis, tais como: o ex-Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Alfredo Karam; o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio; os Ministros de Relações Exteriores, da Previdência Social, do Desenvolvimento Agrário e do Gabinete de Segurança Institucional; bem como de embaixadores de diversos países.
O novo Comandante ingressou na Marinha em 1971 e foi declarado Guarda-Marinha em 1974. Em seus mais de 40 anos de carreira, recebeu diversas condecorações e desempenhou importantes cargos de comando e direção, das quais destacam-se: o Aviso de Instrução “Aspirante Nascimento”; a Corveta “Frontin”; a Fragata “Bosísio”; o 2º Esquadrão de Escoltas; Capitão dos Portos do Rio de Janeiro; o Centro de Instrução Almirante Alexandrino; a Escola Naval; o 7º Distrito Naval; a diretoria de Portos e Costas; o Comando-em-Chefe da Esquadra; e a Escola Superior de Guerra, instituição vinculada ao Ministério da Defesa.
O Almirante Moura Neto, em sua Ordem do Dia, agradeceu a confiança dispensada em seus oito anos de comando. “Os desafios foram muitos, mas tendo como sustentação a lealdade e o profissionalismo de meus comandados, consegui ter ímpeto para enfrentá-los e coragem para tomar algumas difíceis decisões para sobrepujá-los”, explanou.

Leia as Ordens do Dia dos Almirantes Moura Neto e Leal Ferreira
Ordem do Dia Almirante-de-Esquadra
Moura Neto
Ordem do Dia Almirante-de-Esquadra
Leal Ferreira


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Capacitação da Capitania dos Portos auxilia turismo de Ferreira Gomes

A bucólica cidade de Ferreira Gomes fica às margens do Rio Araguari, um dos mais belos e importantes rios do Amapá.
Cleber Barbosa
Editor de Turismo

Com foco na sustentabilidade do rio Araguari e, buscando retorno social, econômico e ambiental para aquela localidade,  o prefeito Elcias Borges, de Ferreira Gomes, a 130 quilômetros de Macapá,  buscou parceria com a Capitania dos Portos do Amapá, resultando em diversas ações ocorridas durante a semana. O pano de fundo, é a abertura da cidade para o chamado turismo receptivo, que por lá ocorre o ano inteiro.
A Marinha no Amapá possui um programa de atividades pelos 25 municípios de sua jurisdição, sendo 16 no Amapá e mais 09 no Pará. Para se ter uma ideia do tamanho da área a ser guarnecida do ponto de vista operacional e também da segurança da navegação fluvial, estão sob a tutela da Capitania dos Portos do Amapá os municípios de Altamira, no Pará e Oiapoque, no Amapá.
Comandante da Capitania dos Portos, Lúcio Ribeiro, durante encerramento dos cursos
A partir dessa premissa e, atendendo a solicitação do prefeito, o comandante da Capitania, Lúcio Ribeiro, incluiu Ferreira Gomes da chamada Operação Verão, deslocando sua equipe para o município. Coordenada pelo tenente Fabiano Crespo, a ação teve o intuito de promover a segurança fluvial dos munícipes e turistas que frequentam aquela região.
Dentre as ações desenvolvidas houve operação de fiscalização do Tráfego Aquaviário, Curso de Aquaviário, Renovação de Carteiras Marítimas, Cobertura de Eixo de Embarcações  com orientações para a implantação do projeto de lei para ordenamento da orla do município, de acordo com o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro é de responsabilidade do município.
Um balanço parcial das ações dos militares da Marinha aponta para um número de sessenta pessoas capacitadas (entre homens e mulheres), tendo sido  vinte cinco o número  de embarcações fiscalizadas com quatro apreensões até a última sexta-feira e, um total de quinze kits de proteção de eixos de embarcações instalados, para prevenção ao acidente de escalpelamento.
Infrações - Foram identificadas pela equipe inspeção naval as seguintes irregularidades: tripulantes não habilitados, embarcações não registradas junto a Capitania e ausência do uso colete, uma das maiores causas de óbitos em nossos rios.
Para o capitão dos portos, a Marinha apenas cumpre suas atribuições. “Estamos viabilizando a segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar e nas hidrovias, além da prevenção da poluição hídrica com vistas a confiabilidade da viagem e convivência harmônica para os usuários do rio Araguari”, afirma o Capitão.

Lagos das hidrelétricas podem virar ‘point’ 
O empresário Caetano Soares Pinto, do ramo dos esportes náuticos no Amapá, diz que um dos potenciais do Rio Araguari são os esportes náuticos. E ele cita os reservatórios que serão formados pelas novas usinas hidrelétricas que se instalam na região de Ferreira Gomes e Porto Grande, como possíveis impulsionadoras dessas atividades. Em situações normais, o Araguari registra pontos onde a navegação é limitada, pelo grande número de corredeiras, cachoeiras e pedras. No entanto, à medida em que se aproxima de sua foz, torna-se um dos mais belos e propícios cursos d’água navegáveis do Amapá.
O comandante da Capitania dos Portos, entretanto, lembra que o segmento dos esportes e recreio também são fiscalizados pela Marinha do Brasil e que para a organização de uma marina, clube náutico ou coisa do gênero é preciso seguir à risca o regulamento de legalização dessas práticas. “Até mesmo um evento, uma prova, uma regata, precisa ter a autorização da Capitania e obedecer a um rigoroso plano de segurança, especialmente no que se refere à destinação de áreas para banhistas e para o trânsito de embarcações, diz.

A segurança fluvial é o mais importante no incremento dos esportes náuticos
A forma natural como vem se desenvolvendo as atividades da cadeia produtiva do turismo no município de Ferreira Gomes, local de aproximadamente 9 mil habitantes, distante 133 km da capital do Estado do Amapá, contribuiu para que a atual gestão do município conduzida pelo prefeito Elcias Borges aposte em ações que proporcionem ambientes favoráveis para o desenvolvimento tão promissor desse setor econômico que é o turismo.
A ideia de criar eventos turísticos focados em turismo fluvial é, busca sustentável de Ferreira Gomes. “Os rios amapaenses são verdadeiras matérias primas desse tipo de atividade. Nosso intuito é saber usar e não explorar os recursos naturais existentes” explica o turismólogo e também secretário municipal de Turismo  Antônio Brito.

Receptivo - O objetivo de inserir a comunidade nas atividades turísticas, faz parte do planejamento da Secretaria de Turismo local, criando alternativas que possam  efetivar a participação da comunidade receptora dos turistas aproveitando, os instrumentos dessa rica cadeia produtiva. “E, claro, que investir no setor de transportes fluviais viabiliza o aumento de distribuição de renda e da geração de emprego”, diz Brito.
Para tanto, diz, fazer o dever de casa com investimentos em infraestrutura, segurança compromisso e responsabilidade diante da população é, primordial para o alcance dos objetivos propostos. “Nenhum aspecto apresenta tanta importância para o turismo quanto a segurança”, conclui o prefeito Elcias Borges.

*Colaborou: Nira Brito

CURIOSIDADES
- Ferreira Gomes é um município no centro-oeste do estado do Amapá. A população estimada em 2014 era de 6 714 habitantes e a área é de 5047 km², o que resulta numa densidade demográfica de 0,78 hab/km².
- Sua economia está baseada no desenvolvimento de atividades agropecuárias tradicionais e, mais recentemente, no investimento ao turismo.
- O setor pesqueiro do município vem gerando divisas para Ferreira Gomes.

1.987
Ano de criação do município de Ferreira Gomes.

RIO ARAGUARI

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

São Luís do Maranhão sediará Encontro Regional da Soamar

A cidade de São Luís, capital do estado do Maranhão, será a sede de um encontro regional da Sociedade Amigos da Marinha, a SOAMAR, ligados ao Comando do 4º Distrito Naval. Em comunicado distribuídos aos "soamarinos", o presidente da SOAMAR-Brasil, Valter Porto, faz o convite oficial e divulga a programação do evento.

"Levamos ao conhecimento da programação do Encontro Regional das SOAMAR do COM4DN, que será realizado na cidade de São Luís. Convidamos a todos os Presidentes que caso tenham disponibilidade, compareçam e conheçam o trabalho desenvolvido pelas SOMAR de outros Distritos Navais e que levem outros Soamarinos. 

Além desse Encontro já estamos programando o do COM2DN(20 a 22MAR2015 em Salvador) e do COM7DN(24 a 26ABR2015 na cidade de Palmas). Brevemente divulgaremos a programação.

Desde já em meu nome, do Vice-Almirante Edlander Santos(COM4DN) e do Orson A. Feres Moraes Rego(Presidente da SOAMAR-MA) agradecemos por divulgarem e comparecerem.

Segue para divulgação o Folder e a Programação do Encontro das Soamar do 4DN. E importante por a observação que as reservas estão sendo feitas pela agência Sea and Air que é a responsável pelo bloqueio dos apartamentos do hotel. Seguem os telefones e e-mail para Reservas.

Saudações Soamarinas.

Valter Porto
Presidente da SOAMAR-BRASIL - Biênio 2014-2016 
Medalha da Ordem do Mérito Naval - Grau de Comendador 
Diploma de Submarinista Honorário - Batizado como "LINGUADO" no S-30 Submarino Tupi - NAVIGARE VIVERE EST

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

DEFESA: Forças Armadas do país perdem seus cérebros

O ex-capitão Victor Dalton
O ex-capitão Victor Dalton (Cristiano Mariz/VEJA/VEJA)

Baixos salários e atraso tecnológico fazem com que 653 oficiais da elite militar do país pendurem as fardas

Lucas Souza
Aos quinze anos, o baiano Victor Dalton já tinha o desejo de seguir a carreira militar. Deixou a casa dos pais em Porto Seguro (BA) e viajou sozinho a Campinas (SP) para ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Após uma passagem na Academia Militar das Agulhas Negras, foi aprovado no vestibular de engenharia da computação do Instituto Militar de Engenharia (IME), um dos mais difíceis do país. “Recebi uma promoção para o posto de capitão quando me formei. Sempre gostei do meu trabalho. Mas, depois que me casei, os gastos aumentaram e eu tive de dar um jeito na situação”, conta. Victor tinha onze anos de Exército, e pouco mais de um ano de casado, quando decidiu batalhar por outro emprego. Quando passou no concurso para ser analista legislativo na Câmara dos Deputados, seu salário triplicou, de pouco mais de 5.000 para 16.000 reais. 
A história do ex-capitão ilustra a fuga de cérebros que atinge as Forças Armadas brasileiras. Nos últimos três anos, outros 652 oficiais pediram baixa das três Forças. A debandada aumentou 63% de 2011 a 2013. Esse grupo inclui a elite militar do país, formada em centros de excelência, como o IME e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). O número de engenheiros que deixaram a farda, por exemplo, cresceu 153% e chegou a 92 no ano passado. Só no primeiro mês deste ano, outros onze já abandonaram a carreira militar em busca de salários maiores na iniciativa privada e de uma ascensão profissional mais rápida. No total, restam pouco mais de 1.700 engenheiros entre os mais de 500.000 militares brasileiros.
Essa “deserção” tem impacto direto em grandes projetos no país com participação dos militares, seja porque nenhuma empreiteira se interessou ou porque as empresas contratadas não conseguiram cumprir o contrato. Obras como a construção da BR-163 (que liga o Pará ao Rio Grande do Sul) e a recuperação da BR-319 (do Amazonas a Rondônia), tocadas por batalhões de engenharia do Exército, foram paralisadas por problemas operacionais. A primeira apresentou “deficiência” no projeto de execução, enquanto a segunda teve falhas no estudo do impacto ambiental, de acordo com o Tribunal de Contas da União. 
Jefferson Coppola/VEJA
O ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda
Uma das promessas da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, a transposição do Rio São Francisco tornou-se um verdadeiro vexame para a gestão petista e para os militares brasileiros. Até o projeto básico de um trecho sob responsabilidade do Exército, o da Bacia do Nordeste Setentrional, foi considerado deficiente pelo TCU. Para a realização de um projeto hidroviário no rio, o governo teve de contratar, em 2012, o Exército americano.
Outro fator de preocupação é a defesa cibernética brasileira. Embora um centro militar de estudos no setor tenha sido criado em 2012, o país permanece frágil perante os ataques. Apenas no ano passado, os sites da Polícia Federal, Senado, IBGE, Ministério dos Esportes, Cultura e Cidades foram atacados e deixados momentaneamente fora do ar. O próprio ministro da Defesa, Celso Amorim, chegou a ressaltar a dificuldade de manter profissionais dentro das Forças. “Precisamos ter formação de pessoal e garantir que eles continuem trabalhando para nós. Frequentemente se ouve sobre alguém que era muito bom e foi trabalhar em uma multinacional”, afirmou em novembro.
A questão salarial é, de fato, um dos motivos que levam a essa fuga. Em 2000, um capitão da Marinha ganhava o equivalente a dezoito salários mínimos. Hoje, o poder de compra caiu pela metade. Enquanto isso, a revolução tecnológica e o fenômeno das start-ups também atraem os profissionais mais qualificados para a iniciativa privada. “Conforme eu crescia na hierarquia militar, passei a receber atribuições administrativas. Mas a minha vocação era trabalhar como pesquisador”, conta o ex-coronel da FAB Nehemias Lacerda. Formado em engenharia pelo ITA, depois de trinta anos na Aeronáutica ele decidiu abrir sua própria empresa. Na carteira de clientes em busca de soluções de engenharia estão Embraer, Vale, Votorantim e multinacionais como General Motors, Ford e Philips.
A competição entre a carreira militar e a iniciativa privada é uma guerra desigual, com enorme vantagem para o campo adversário das Forças Armadas. Neste ano, o Ministério da Defesa foi o que sofreu o maior corte entre as pastas. O orçamento caiu de 4,5 bilhões em 2013 para 3,5 bilhões de reais neste ano. A perspectiva de grandes inovações vindas dos militares é tão distante quanto as suas principais realizações – como a primeira transmissão de telégrafo no país, em 1851, na Escola Militar do Rio de Janeiro.

Familiares buscam veleiro desaparecido há 23 dias no Rio de Janeiro

Andressa Lelli
Tripulantes do veleiro desaparecido em águas brasileiras
Tripulantes do veleiro desaparecido em águas brasileiras  (Reprodução/Facebook/VEJA)
Familiares de quatro argentinos, desaparecidos há 23 dias em águas brasileiras durante viagem de veleiro rumo ao Rio de Janeiro, recorrem às redes sociais para convencer as autoridades argentinas e brasileiras a retomar as buscas pelos tripulantes, interrompidas no último domingo. Alejandro Vernero, Jorge Benozzi, Horacio Morales, os três de 62 anos, e Mauro Capuccio, de 35, embarcaram em Buenos Aires, na Argentina, no dia 22 de agosto e tinham previsão de chegar à costa carioca cerca de 15 dias depois. Na tarde do quarto dia de viagem, porém, o veleiro emitiu um sinal de socorro ao Serviço de Busca e Salvamento da Marinha argentina. Uma forte tempestade no litoral do Rio Grande do Sul fez o veleiro adernar. Desde então, nenhuma outra comunicação foi feita.   
“Temos certeza de que os quatro estão vivos”, diz Giovanna Benozzi, mulher de Capuccio e filha de Benozzi. Os parentes dos desaparecidos mantêm a esperança de que vão revê-los com vida, principalmente depois de contratarem um serviço de buscas via satélite que conseguiu captar imagens de um veleiro semelhante em área ainda não vasculhada. “Um veleiro não afunda. Se tivesse ocorrido uma desgraça, encontrariam restos de madeira, corpos, partes do veleiro, mas não encontraram nada", diz Jimena Ferriol, ex-noiva de Cappuccio. Os familiares sustentam que Vernero "é muito experiente em navegação" e que dois dos tripulantes são médicos.
Segundo Giovanna, os tripulantes sobreviveram à tempestade porque emitiram sinais de localização durante 13 horas seguidas depois do adernamento. "A última comunicação clara foi na noite do dia 26. Depois, ouvimos apenas o ruído do vento." 
A certeza da sobrevivência dos tripulantes fez os parentes dos desaparecidos criarem umapetição on-line para solicitar a retomada das buscas. Até a tarde desta quinta-feira, o documento reunia 30.908 assinaturas. 
Jimena Ferriol, ex-noiva de Cappuccio, que está envolvida nas buscas a partir da Argentina, explicou que são necessárias 100.000 assinaturas para que o governo argentino acate o pedido.
Após 19 dias de buscas, que percorreram uma áerea de 557.200 quilômetros sem encontrar nenhuma evidência de sobrevivência dos tripulantes, autoridades argentinas e brasileiras recolheram as equipes. Apenas alguns objetos foram encontrados no dia 29. No entanto, não há comprovação de que pertençam ao veleiro argentino. Segundo o comando do 5º Distrito Naval do Rio Grande do Sul, as buscas foram suspensas “até o surgimento de novos indícios da localização da embarcação”. 
Veleiro
Imagens de satélite encontradas em comparação com o modelo do veleirop Tunante II

Caçada por submarino evoca tempos da Guerra Fria para Suécia e Rússia

Navio sueco envolvido na caçada ao submarino invasor
Navio sueco envolvido na caçada ao submarino invasor  (Reuters/VEJA)
Um submarino estrangeiro detectado no arquipélago de Estocolmo provocou nesta fim de semana a maior mobilização militar na Suécia desde a Guerra Fria, envolvendo o deslocamento emergencial de soldados, embarcações e helicópteros. Nesta segunda-feira, uma zona fechada para voos foi declarada na área de buscas.
Os primeiros alertas começaram a soar na sexta-feira e a suspeita logo recaiu sobre a Rússia, que negou envolvimento no caso e ainda apontou para a Holanda. "É um submarino de propulsão diesel-elétrica holandês Bruinvis que, na semana passada, realizava exercícios bem perto de Estocolmo", afirmou uma fonte do Ministério da Defesa russo. 
Só que o porta-voz do ministério holandês da Defesa, Marnoes Visser, também negou sua participação. "O submarino holandês não está envolvido e nós não estamos envolvidos nas operações de busca lançadas pelas forças suecas", declarou. "Participamos em manobras com a Suécia e outros navios, mas elas terminaram na terça-feira da semana passada".
Nos últimas semanas, a Suécia vem apontando uma série de invasões ao seu espaço aéreo por parte de aviões russos, esfriando as relações entre os dois países. Sobre o submarino, especificamente, as autoridades suecas limitaram-se a afirmar que receberam um alerta sobre "atividade submarina estrangeira" no litoral. O primeiro-ministro Stefan Löfven disse que, por enquanto, as missões lançadas pela Marinha são apenas para "coletar informações".
Segundo uma reportagem do jornal Svenska Dagbladet publicada no fim de semana, o serviço secreto sueco interceptou frequências de rádio em uma área entre o litoral de Estocolmo e o enclave russo de Kaliningrado, onde está localizada grande parte da frota russa no Mar Báltico.
Reuters/SWEDISH DEFENCE/VEJA
Fotografia divulgada pelo governo sueco do que seria o submarino estrangeiro em suas águas
A situação expõe a preocupação crescente sobre as intenções de Vladimir Putin na região. Em pouco mais de um mês, surgiram informações sobre um agente de inteligência da Estônia que teria sido levado por forças russas, a Finlândia reclamou da interferência de Moscou em um de seus navios de pesquisa e a Suécia fez um protesto formal sobre uma “grave violação” quando caças russos entraram em seu espaço aéreo.
“Isso pode se tornar um divisor de águas para a segurança em toda a região do Mar Báltico”, escreveu o chanceler letão, Edgars Rinkevics, em sua conta em uma rede social. Autoridades da Letônia apontaram um aumento na presença de submarinos e navios russos perto de suas águas territoriais.
Histórico – Não é a primeira vez que um submarino provoca um estranhamento nas relações entre a Rússia e a Suécia. A caçada desta semana ao submarino misterioso evoca as rotineiras invasões das águas territoriais suecas por embarcações soviéticas durante os anos da guerra fria.
No incidente mais notável, ocorrido em outubro de 1981, um submarino a diesel soviético acabou encalhando acidentalmente em uma praia sueca próxima de Karlskrona, onde está localizada a maior base naval da Suécia. No momento mais tenso do episódio, navios de guerra soviéticos tentaram forçar passagem entre a marinha sueca para resgatar o submarino. No final, os esforços de intimidação não funcionaram e os soviéticos retrocederam. O episódio só acabou depois de dez dias de tensão, quando rebocadores suecos acabaram levando o submarino para águas internacionais, onde ele foi entregue aos soviéticos.  
Houve também alarmes falsos, ocasiões em que a Suécia pensou ter detectado submarinos quando, na verdade, os sinais haviam sido emitidos por lontras.
(Com agência Reuters)

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Capitania dos Portos realiza Operação Verão no Amapá e Pará

Comando da Capitania dos Portos está no município de Ferreira Gomes. Sessenta pessoas fizeram o curso de formação de aquaviário. A Marinha realiza, ainda, a fiscalização da parte documental de embarcações e a cobertura do eixo do motor

Trabalho de fiscalização nos rios do municípioTrabalho de fiscalização nos rios do município(Foto - Nira Brito)

A Capitania dos Postos no Amapá está há uma semana no município de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros da capital, Macapá, realizando ações de fiscalização, regularização de embarcações e orientação de segurança da navegação. O curso de formação de aquaviário, iniciado na segunda-feira, 2, encerrou nessa sexta-feira, 6, com 60 participantes sendo habilitadas, e outros 40 fazendo o curso de renovação da carteira. O curso atende a um pedido antecipado da Prefeitura de Ferreira Gomes.
“Participaram do curso de formação principalmente pessoas que trabalham com o transporte escolar fluvial de passageiros e de carga. Toda pessoa que atua na navegação deve estar obrigatoriamente habilitada. Os rios são nossas ruas e avenidas na Amazônia. Além dessa formação, estamos fazendo a fiscalização das embarcações para evitar acidentes”, disse o comandante da Capitania dos Portos, capitão de fragatas Lúcio Marques.
Entre as principais irregularidades encontradas durante as fiscalizações estão a falta do uso de coletes salva vidas e a navegação de embarcações sem inscrição na Capitania dos Portos. “Estamos levando esse trabalho para os 29 municípios que compõem a nossa jurisdição, desde Altamira, no Pará, até Oiapoque, no Amapá. É importante que o ribeirinho faça essa inscrição e siga as normas de segurança. Além de orientar e realizar essa inscrição dos barcos, estamos realizando o serviço de cobertura dos eixos das embarcações. O objetivo é zerar as ocorrências de escalpelamento registradas, ainda, na Amazônia”, concluiu.
As ações compõem a Operação Verão, iniciada em 15 de dezembro de 2014, e que prossegue até 16 de março. A ação da Capitania dos Portos seguirá para outros municípios do Pará e Amapá com o objetivo de sanear a demanda reprimida.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cursos da Marinha em Ferreira Gomes ganham apoio popular

HOJE A MARINHA FEZ INSPEÇÃO NOS BARCOS DOS FERREIRENSES 
06/02/15. ORIENTOU AOS NAVEGANTES COMO LEGALIZAR SEUS BARCOS. TAMBÉM FEZ INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO NOS MOTORES DOS BARCOS DE CENTRO.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dilma surpreende e pula mais antigos ao escolher comandantes do Exército e da Marinha

Novos-comandantes-Forças-Armadas-Villas-Boas-Leal-Ferreira-Rossatto-fotos-via-G1
Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
A presidenta Dilma Roussef surpreendeu positivamente o meio militar ao escolher oficiais-generais para o comando do Exército e da Marinha que, apesar de possuírem sólida reputação profissional, não eram os mais antigos – e, portanto, os favoritos – nas suas corporações. Seus nomes devem aparecer na edição de amanhã, quinta (8/1), do Diário Oficial.
Para a Força Terrestre a chefe suprema das Forças Armadas fixou-se no atual Comandante de Operações Terrestres, general de exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, de 63 anos. Ele era apenas a terceira opção pelo critério da antiguidade, e ganhou a oportunidade de liderar sua Instituição por causa do conceito sólido que firmou, no início da década de 2010, à frente do Comando Militar da Amazônia.
A Marinha ficou para o atual comandante da Escola Superior de Guerra, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, nome que era da predileção do ex-ministro da Defesa Celso Amorim, do ex-ministro da Marinha, almirante (reformado) Alfredo Karam, e de vários diplomatas do Ministério das Relações Exteriores.
Na lista apresentada à Dilma, Leal Ferreira era o segundo mais antigo, depois do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Wilson Barbosa Guerra, que aceitou ser indicado para a vaga que a Marinha terá, em março, no Superior Tribunal Militar.
O atual comandante da Marinha, almirante Moura Neto, pretendia que o seu sucessor fosse escolhido pelo critério da antiguidade, mas por volta das 18h de hoje (quarta, 7/1) telefonou para Karam e comunicou: “seu amigo foi o escolhido”.
Leal Ferreira e Karam são vizinhos, no bairro carioca da Barra da Tijuca. Eles são tão íntimos que Karam, de 89 anos – o decano dos submarinistas brasileiros –, chama Leal Ferreira de “meu sobrinho”.
A sucessão do brigadeiro Juniti Saito, da Força Aérea, está entre dois oficiais que o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma conhecem pessoalmente: o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, e o brigadeiro Joseli Parente Camelo, que trabalha no Palácio do Planalto como Secretário de Coordenação e Acompanhamento de Assuntos Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Exército - Gaúcho de Cruz Alta, Villas Bôas serviu por vários anos na Amazônia – primeiro como comandante de um batalhão de Infantaria, e depois como titular do próprio Comando Militar da Amazônia. Ele tem fama de ser um oficial franco e objetivo, que expõe os problemas do trabalho com clareza e praticidade.
Além das experiências nas selvas do Norte do país, o general Villas Bôas teve a chance de, na condição de assistente do Adido Militar brasileiro na China, conhecer de perto as numerosas e bem equipadas Forças Armadas chinesas; e também de lidar com os políticos de Brasília, já que serviu na Assessoria Parlamentar do Exército no Congresso.
À frente da Força Terrestre ele será confrontado com os integrantes da Comissão Nacional da Verdade, que exigem a revogação da Lei de Anistia para a responsabilização criminal de oficiais e subalternos responsáveis por violações dos direitos humanos à época do Regime Militar.
Outro desafio será manter a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), em meio aos cortes orçamentários já anunciados pela nova equipe econômica do governo. Também caberá a Villas Bôas continuar a transformação das brigadas de Infantaria Motorizada em unidades mecanizadas, a organização de Pelotões Especiais de Fronteiras na Região Norte e de uma brigada no Amapá, para guarnecer a fronteira com a Guiana Francesa.
Em termos de reaparelhamento, a grande notícia – veiculada com exclusividade, na última segunda-feira, pelo ForTe – Forças Terrestres – são as providências para a aquisição, pela Aviação do Exército, de uma dúzia de helicópteros de ataque.
Por meio dos chamados Requisitos Operacionais Básicos, os oficiais do Grupo de Ensaios e Avaliações do CAVEX (Comando de Aviação do Exército) chegaram a uma lista com três opções: os modelos europeus T129 Mangusta e Mi-28NE (russo), e o AH-1Z americano – uma evolução do festejado Super Cobra.
A fase dos Requisitos Operacionais Básicos precede as depurações do processo de seleção, que serão feitas por intermédio dos Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais (RTLI) e do conhecido “Request for Proposal” – pedido de proposta oficial aos fabricantes das aeronaves.
Essa solicitação deverá enfatizar a necessidade de transferências de tecnologias, de linhas de montagem – total ou parcial – em território nacional e de simuladores modernos.
Segundo o ForTe apurou, a qualidade e funcionalidade dos simuladores será um dos fatores decisivos na escolha do novo helicóptero de combate do Exército.
Marinha – A tarefa do almirante Leal Ferreira à frente da Marinha não será fácil.
O componente mais pesado da Frota de Superfície – formado por fragatas de origem britânica – está envelhecido, e a presidenta Dilma vem evitando escolher um dos sete estaleiros estrangeiros que, no âmbito do PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície), oferecem projetos de fragatas multifunção para serem construídas em território nacional.
O problema, como sempre, são os recursos.
Uma das possibilidades é que o novo ministro da Defesa, Jaques Wagner, obtenha da presidenta uma definição sobre o vencedor do PROSUPER, sem que isso gere gastos significativos para a União nos exercícios fiscais de 2015 e 2016.
Leal Ferreira também precisará demonstrar habilidade para tratar do caso da extensa modernização prevista para acontecer, nos próximos quatro anos, no porta-aviões “São Paulo”.
O tema é caro ao almirante Moura Neto, mas Leal Ferreira diverge da conveniência de autorizar o investimento de várias centenas de milhões de dólares nesse planejamento, já que a Esquadra se ressente fortemente da falta de sobressalentes e de suprimentos.
Nas últimas horas, o Comando da Marinha preparou um esforço de comunicação junto aos públicos interno e externo, para provar que a corporação tem sim condições de investir na renovação dos seus meios, enquanto realiza a demorada remodelação do “São Paulo”.
A injeção de recursos no programa de submarinos convencionais classe “Humaitá” – projeto em conjunto com a DCNS francesa – deve ser mantida, ainda que possam ocorrer alguns atrasos em pagamentos. O programa do submarino nuclear “Álvaro Alberto” não exigirá, nos próximos dois anos, gastos importantes.
Força Aérea - Nos próximos quatro anos caberá ao novo comandante da Aeronáutica – brigadeiro Rossato – conduzir a modernização da frota da FAB.
Entre os pontos-chave dessa renovação está o recebimento, pelas unidades aéreas, dos primeiros jatos cargueiros Embraer KC-390 e dos caças Gripen C – que chegarão à Base Aérea de Anápolis (GO) no segundo semestre de 2016. Essas aeronaves virão por empréstimo, procedentes dos estoques da Força Aérea da Suécia, numa versão ainda menos sofisticada que a NG, adquirida pelo Brasil por meio do Programa FX-2.
Dois desafios aguardam o novo chefe da aviação militar brasileira: conduzir a concorrência que dotará a FAB de um novo jato de treinamento de pilotos de combate – embate que deve reunir o modelo italiano Aermacchi M-346 e o russo Yakovlev YAK-130 –, e dar um novo rumo ao programa nacional de desenvolvimento de foguetes espaciais.
A pesquisa e construção do chamado Veículo Lançador de Satélites concentrou esforços da FAB e do Ministério da Ciência e Tecnologia nas décadas de 1980 e 1990. Entretanto, durante o segundo mandato do presidente Lula e na primeira gestão de Dilma Roussef elas perderam prioridade, recursos, e vários dos prazos estabelecidos para novos lançamentos a partir do território nacional.