Este Blog é destinado a compilar ideias, pensamentos e notícias que ajudem a se saber mais a respeito da Marinha do Brasil, por iniciativa da Sociedade Amigos da Marinha, no Amapá. A Soamar-AP é composta por personalidades agraciadas com a Medalha "Amigo da Marinha", além do corpo de oficiais da ativa, da reserva e de seus sócios Beneméritos e Honorários.

Segurança da Navegação

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Rebocador de Alto-Mar “Tridente” realiza exercício de reboque com o Submarino “Timbira”

Militares do RbAM “Tridente” utilizando EPI-NBQR durante a faina de reboque

Militares do RbAM “Tridente” utilizando EPI-NBQR durante a faina de reboque
Nos dias 11 e 15 de julho, o Rebocador de Alto-Mar (RbAM) “Tridente” realizou exercícios de reboque, com o Submarino “Timbira”, da classe “Tupi”, na Baía de Guanabara, com o propósito de preparar o meio para  cumprir as tarefas decorrentes da Carta de Instrução ESPADARTE-II, por ocasião da visita de Submarinos Nucleares da França, Reino Unido e Estados Unidos da América recebidos durante as comemorações do Centenário da Força de Submarinos.
O exercício contou com a assessoria da Divisão de Socorro e Salvamento do Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML) para a condução do exercício, uma vez que seria utilizado um método inédito de reboque para essa classe de submarinos, incluindo o reboque com o uso de EPI-NBQR (Equipamento de Proteção individual - NBQR). Apoiado também pelo Núcleo de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) do CAAML, a tripulação teve instruções sobre o EPI-NBQR e, também, foi instruída quanto a dificuldade do uso do equipamento, associado aos procedimentos das fainas marinheiras exigidas pela faina de reboque propriamente dita.
A realização deste exercício conjunto é um marco para a possível mudança de doutrina no que tange à faina de reboque de submarinos na Marinha do Brasil (MB). O método utilizado foi inédito e, possivelmente, poderá vir a ser incluído no Manual de Socorro e Salvamento da MB - CAAML 1211.

Já viu um navio novo sendo lançado ao mar? Veja alguns exemplos.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Comando Militar do Norte assina contratos para a construção da Brigada da Foz do Amazonas em Macapá

O general Ferreira (ao centro) no momento da assinatura dos contratos com as construtoras
Belém (PA) – No dia 19 de agosto, o Comando Militar do Norte (CMN) assinou os contratos com as instituições que construirão a Brigada da Foz do Amazonas, em Macapá-AP. As empresas Círio Construções, Nascimento e Moreira Ltda e Clássica Construtora realizaram acertos para que as obras iniciem no dia 1º de setembro do corrente ano, com previsão de término até 2016.
A Brigada da Foz do Amazonas será uma Grande Unidade básica de combinação de armas do Exército Brasileiro e será construída dentro da área do aquartelamento do Comando de Fronteira do Amapá/34º Batalhão de Infantaria de Selva (34º BIS), em Macapá, Amapá. Contará, entre outras Organizações Militares, com três Batalhões de Infantaria como unidades de combate – 34º BIS, 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), de Belém-PA, e 24º Batalhão de Infantaria Leve (24º BIL), de São Luís-MA.
 As empresas contratadas, vencedoras de uma concorrência pública, serão responsáveis por construir as instalações destinadas aos quartéis e as moradias (Próprios Nacionais Residenciais).

Presença estratégica
A implantação da Brigada da Foz do Amazonas possibilita a expansão das capacidades militares naquela região e está alinhada, estrategicamente, com os objetivos nacionais e do Comando
do Exército em proteger e preservar a Região Amazônica.
Dentre as missões dessa Grande Unidade Operacional, estão previstas a vigilância da faixa de fronteira, a intensificação da presença do Estado nos locais mais longínquos, a integração da Região Amazônica com o restante do País e o apoio ao desenvolvimento nacional.
A Brigada da Foz do Amazonas criará oportunidades de emprego e renda, de maneira direta e indireta, por intermédio do aumento do número de militares e suas famílias que residirão na área, injetando recursos no Estado.
Atuará, também, na melhoria da qualidade de vida, que inclui educação, saúde, segurança, infraestrutura, pela ação transformadora do Exército Brasileiro nas localidades onde está presente.

Sobre o Comando Militar do Norte (CMN)
Em foto para posteridade, autoridades militares e empreiteiros que farão a obra da Brigada da Foz
Em decorrência do atual cenário político e estratégico da Amazônia Oriental e do processo de reestruturação do Exército Brasileiro, foi criado o Comando Militar do Norte, Grande Comando Operacional com jurisdição nos Estados do Pará, Amapá e Maranhão, por meio do Decreto nº 142, de 13 de março de 2013.
Ao Comando da 8ª Região Militar cabe a realização das atividades logísticas e administrativas em prol do conjunto de organizações militares sediadas na área de responsabilidade do Comando Militar do Norte.
 Informações complementares podem ser obtidas com a Aspirante Bruna pelos telefones (91) 3211-3642 / 8150-9098 ou pelo endereço eletrônico cmn.exercito@gmail.com.

Comandante da Capitania registra inspeção naval no Amapá


Marinha do Brasil
Orgulho de ser brasileiro.
#MARINHA EM AÇÃO

Militares da Marinha do Brasil durante atividade de Inspeção Naval para garantia da Segurança do Tráfego Aquaviário.

Binômio Navio-Aeronave da Marinha do Brasil realiza Evacuação Aeromédica no Navio Mercante “Solitaire”

Aeronave da Marinha do Brasil a espera do tripulante do NM “SOLITAIRE”
A Fragata “Rademaker” e a aeronave da Marinha do Brasil AH-11A “Super Lynx” realizaram a Evacuação Aeromédica (EVAM) de um tripulante do Navio Mercante (NM) “SOLITAIRE”, de bandeira panamenha, que navegava a aproximadamente 1.300 km da costa da cidade do Rio de Janeiro (RJ), dentro da área de responsabilidade de Busca e Salvamento (SAR) atribuída ao Brasil.
Atendendo ao pedido de socorro do navio mercante, o SALVAMAR SUESTE, do Comando do 1º Distrito Naval coordenou a EVAM do tripulante que apresentava quadro médico grave, com distensão abdominal e restrição a movimentos. Devido à distância da costa em que a embarcação se encontrava, a Fragata “Rademaker”, suspendeu, no dia 7 de agosto, para o resgate. A aeronave foi ao encontro do navio e, após um dia de navegação, o “Super Lynx” decolou em direção ao NM, que estava a aproximadamente 90 km da Fragata, e efetuou a remoção do enfermo para uma primeira avaliação. Devido à complexidade do quadro, no dia 9 de agosto, a aeronave decolou com destino a Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro, onde o tripulante foi transferido para um hospital da cidade do Rio de Janeiro.
A execução dessa complexa missão, que envolveu vários setores da Marinha do Brasil, permitindo a remoção com segurança de uma pessoa em perigo no mar, demonstra a capacidade do Brasil de atender de forma eficaz aos seus compromissos internacionais relacionados à salvaguarda da vida humana no mar no Atlântico Sul, colaborando com o lema do SAR mundial: "Para que outros possam viver".

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Entrevista com o novo comandante do 4º Distrito Naval, Almirante Edlander

Almirante Edlander Santos, que veio a Macapá para a transição na Capitania dos Portos do Amapá
Um militar diferenciado, de fala mansa e muito espirituoso. Estas são as primeiras impressões do Blog Soamar Amapá a respeito do novo comandante do 4º Distrito Naval, comando a que está subordinada diretamente a Capitania dos Portos do Amapá. E foi logo depois de presidir a cerimônia de transmissão do Comando da Capitania que ele recebeu o editor do Blog, jornalista Cleber Barbosa, para uma conversa exclusiva e muito franca. Acompanhe o que ele disse a seguir:

Soamar Amapá – Almirante, o senhor cumpre a honrosa missão de vir presidir a troca de comando aqui na Capitania dos Portos do Amapá, quando também acaba de assumir o 4º Distrito Naval. Vê como esse novo momento da Marinha o Brasil aqui na Foz do Amazonas?
Almirante Edlander – Primeiro gostaria de dizer que para mim é uma grande alegria poder na cidade de Macapá e Santana, nesse grandioso Estado do Amapá, o qual eu não conhecia. Está me surpreendendo muito. Realmente a Marinha desenvolve aqui uma ação muito importante na segurança da navegação e principalmente eu acredito que cada vez mais a atuação da Marinha vai ter um protagonismo cada vez maior tendo em vista principalmente que essa região Norte do país inevitavelmente é a solução para desengarrafar o Sul no que diz respeito às nossas exportações de grãos. É um corredor natural, vai aumentar a importância da navegação e por consequência aumenta a importância da Marinha na região. Nós estamos fazendo essa transição agora, que é uma transição de rotina, mas os desígnios na Marinha são decididos sempre pela Alta Administração Naval, então são sempre gestões diferentes, mas dando continuidade aos grandes planos da Marinha.

Soamar – A sociedade aos poucos vai tomando conhecimento do quão difícil é a missão da Marinha, de conjugar esse binômio, do lado operacional, mas também desse braço social, como as ações cívico sociais, que no seu comando deverão ser mais do que ratificadas não é?
Edlander – É, nós nos preocupamos com isso também. A razão da Marinha é a sociedade brasileira, é o seu povo. De um lado, pelo aspecto operacional, nós temos que contribuir para a defesa do país que é a defesa de toda a população. Por outro lado nós temos uma magnífica estrutura logística que não pode ficar ociosa esperando por uma ação de crise, então nós aproveitamos com muita satisfação essa nossa logística para atender a população, principalmente aquelas mais carentes com nossas ações sociais, nossos atendimentos médicos-odontológicos.

Soamar – A gente já sabe que uma das novidades do seu comando a partir dessa preocupação com o lado social, o senhor tem um projeto voltado para o Navio-Auxiliar Pará, que dispõe de um mamógrafo a bordo e que realiza um grande trabalho de prevenção ao câncer junto às mulheres ribeirinhas. A ideia agora é transmitir essas imagens para o hospital. A quantas anda esse projeto Almirante?
Edlander – É, está bem encaminhado. Nós esperamos na próxima semana concluir os testes que vão permitir que o navio Pará transmita as imagens do mamógrafo para o nosso Hospital em Belém, de forma que o especialista, o radiologista que temos lá em Belém, possa dar de imediato e sem muita demora um pronto diagnóstico.

Soamar – O Comando do Exército acaba de anunciar que Macapá será sede de uma Brigada Militar, que será chamada Brigada da Foz, o que fará com que o efetivo do Exército Brasileiro no Amapá dê um salto dos atuais 830 militares para algo em torno de 3 mil integrantes. É possível que com esse aumento da presença do Estado brasileiro nesta região a Marinha também aumente seu efetivo por aqui?
Edlander – Eu acho que sim. Porque é de se esperar que aumente, não um aumento nessa magnitude, mas um aumento progressivo, de acordo com o aumento principalmente no fluxo das nossas vias navegáveis. É importante esclarecer que dentro da forma com que a Marinha se prepara, com que a Marinha se distribui no território nacional, ao contrário do Exército, que sua força é representada pela quantidade localmente admitida, a Marinha concentra no Rio de Janeiro suas principais forças de combate, seus navios de combate, seus submarinos, helicópteros, seus aviões e em caso de necessidade desloca esses meios para a região que por venture estiver em crise. Diferente um pouco do Exército que precisa ter, pois não tem a mobilidade necessária, daí terem a necessidade de sempre ter uma quantidade para fazer frente a eventuais ameaças. Na Marinha a gente fica com um pequeno grupo que são os Distritos Navais, com alguns meios à disposição e quando necessário recebem os apoios da Esquadra do Brasil.

Soamar – Já que estamos falando das outras Forças Armadas, a Aeronáutica aqui no Amapá também tem um efetivo mínimo, em contrapartida tem equipamentos instalados aqui de ponta, do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM. Essas informações são compartilhadas também com a marinha?
Edlander – Compartilhamos. O SIVAM tem um braço aqui, mas você tem a sede do SIVAM em Brasília, temos em Belém, em Manaus e compartilhamos sim essas informações que são fundamentais. Não é por outra razão que o Exército está desenvolvendo o seu sistema SIFRON, que vai controlar toda a fronteira seca e a Marinha acabou de formatar o seu SISGAAZ, que é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, que vai controlar os 4,5 milhões de quilômetros quadrados de área marítima pertencentes ao país.
Soamar – Para a gente terminar com um tema mais ameno Almirante, o senhor é tido como espirituoso e até bem humorado para essas coisas. Quando em visita a quarteis do Exército o senhor é sempre saudado com o brado “Selva!”. É verdade que certa vez decidiu responder com um brado de “Água!”?
Edlander – É verdade... [risos]

Soamar – E no jantar em Macapá oferecido pela Soamar o senhor disse mais, que o Exército é Brasileiro, que a Força Aérea é brasileira...
Edlander – Mas a Marinha é do Brasil! [mais risos]

Perfil do Entrevistado


Entre os cargos assumidos pelo novo comandante está o de capitão dos portos fluvial da Amazônia Ocidental, vice-diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, subchefe de Operações do Comando de Operações Navais, comandante do 6º Distrito Naval, comandante da Primeira Divisão da Esquadra, subchefe de Organização e Assuntos Marítimos do Comando de Operações Navais e diretor do Departamento de Pessoal, Ensino e Cooperação do Ministério da Defesa.

Conheça tudo sobre o Navio-Auxiliar Pará, do 4º Distrito Naval

"Tracajá da Amazônia"
D a t a s

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1982
Incorporação (ENASA): 1982
Incorporação (MB): 19 de janeiro de 2005

C a r a c t e r í s t i c a s

Deslocamento: 652 ton (deadweight), 1.982 ton (net tonnage).
Dimensões: 56.11 m de comprimento, 52.81 m de comprimento entre pp, 21.42 m de boca e 3.60 m de calado (leve) e 5.01 m de calado (carregado).
Propulsão: diesel.
Eletricidade: ?
Velocidade: cruzeiro de 8 à 10 nós e máxima de 11 nós.
Raio de Ação: ?
Armamento: 4 metralhadoras .50 (12.7 mm).
Sensores: ?
Equipamentos: garagem para viaturas, 1 consultório médico e 1 gabinete odontológico.
Código Internacional de Chamada: PWBE (MB), PP5483 (ENASA)
Tripulação: 66 homens, sendo 7 oficiais e 59 praças.
Tropa: 175 Fuzileiros Navais.


H i s t ó r i c o

O Navio Auxiliar Pará, é o sexto navio(1) a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado do Pará (2). O ex-Catamarã "Pará", foi doado pelo Governo do Estado do Pará a Marinha do Brasil, mas será empregado de forma compartilhada com a Marinha que ira utilizado principalmente como navio de comando e controle, e no transporte de tropas e material na região amazônica, já o Governo do Pará ira utilizá-lo na Assistência Social a comunidades ribeirinhas. Antes de ser incorporado a Marinha pertencia a estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., já extinta, onde operava com o mesmo nome, na linha Belém-Manaus-Belém, classificado como Navio Fluvial de Turismo, transportando veículos, passageiros e carga. Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 19 de janeiro de 2005, em cerimônia realizada na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém-PA, presidida pelo AE Rayder Alencar da Silveira, Chefe do Estado-Maior da Armada e que contou com a presença da Vice-Governadora do Estado do Pará, Sra. Valeria Vinagre Pires Franco entre outra autoridades civis e militares. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta Osiris José Vieira de Menezes.

Antes de ser incorporado, passou por reparos e sofrer uma serie de adaptações na BNVC - Base Naval de Val-de-Caes, em Belém-PA, sendo instalados consultórios médicos e odontológicos, revisadas as maquinas e os compartimentos habitáveis e instalados novos radares e equipamento de comunicação.

Um pouco mais sobre o Pará em sua fase na ENASA:

"Ao final da década de 70 estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., contratou ao IPT de São Paulo um estudo sobre novas embarcações de passageiros para a Amazônia. Deste estudo resultou o projeto de 3 catamarãs em versão popular, onde os passageiros viajavam em redes (como é comum na região) e dois outros mais sofisticados para turismo. Estes dois se chamariam Pará e Amazonas. O projeto básico foi desenvolvido pelo IPT e a construção contratada a INCONAV, localizada na ilha da Conceição, exatamente onde hoje funciona o estaleiro AKER-PROMAR. Durante a construção do primeiro catamarã, a INCONAV entrou em dificuldades financeiras incontornáveis passando ao controle do Estaleiro MacLaren. Isso aconteceu durante o ano de 79.

O Pará quando pertencia a ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A. (foto: coleção do Engº Naval Eduardo Gomes Câmara)

O projeto do IPT, foi reformulado pela equipe do MacLaren, sendo introduzidas simplificações da estrutura, refazendo todo o arranjo das áreas de passageiros e introduzindo áreas de recreação que não existiam. Por especificação da ENASA, na região da popa haveria um convôo para eventualmente atender necessidades da Marinha. Porém, na fase de detalhamento do projeto do convôo foi então visto pela Marinha que a área disponível não era adequada para operação de qualquer helicóptero que ela operava na região, sendo assim a idéia do convôo foi abandonada. Como havia falta de área de recreação para os passageiros, então a área que seria do convôo foi transformada em uma piscina, com um bar na parte de baixo. O navio parecia um caixote mas seu conceito era interessante. Havia espaço para passageiros, carga (inclusive com guindaste), transporte de correio e até uma pequena cela de prisão.

Já no primeiro navio da série apareceram problemas com o peso leve que resultou em aumento de calado. A saída da âncora ficava abaixo da linha d'água mas com muita criatividade e empenho dos funcionários do MacLaren, foi resolvido o problema da ancoragem, com os molinetes sendo colocados em uma posição mais elevada no convés para permitir um comprimento suficiente de amarras e que a saída do escovem ficasse localizada ligeiramente acima da linha d'água."

Um fato curioso é o novo brasão conferido ao navio, uma vez que tradicionalmente os brasões são repassados aos navios sucessivamente, sejam quais forem os seus tipos. É possível que a permanência do CT Pará - D 27 ainda em atividade, tenha motivado essa substituição. Como sabemos, tradicionalmente os navios que homenageiam os estados brasileiros permanecem com os mesmos brasões originais. O Amazonas, unidade irmã de classe do Pará, encontra-se parado em Belém.

O NA Pará, atracado na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: SRPM). Cerimonia de Mostra de Armamento e Incorporação a Armada do NA Pará, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: SRPM). Embarque da primeira tripulação durante a Cerimonia de Mostra de Armamento e Incorporação a Armada do NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: Fernando Araújo).

2005

O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém do Pará. (foto: ?, via José Henrique Mendes).

Participou da Operação RIBEIREX 2005, integrando a FT Ribeirinha composta pelos NPaFlu Pedro Teixeira - P 20Raposo Tavares – P 21Rondônia – P 31 e Amapá – P 32, NPa Bracuí - P 60 e o NAsH Carlos Chagas - U 19.

O NA Pará - U 15, operando com o Raposo Tavares, Pedro Teixeira e o Bracuí na RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15 e o NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes). O NA Pará - U 15 e o NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, durante a Operação RIBEIREX 2005. (foto: ?, via José Henrique Mendes).

2006

Em abril, atendeu comunidades da região do arquipélago do Marajó, entre elas Curralinho.

Entre 15 e 21 de maio, participou da Operação ADERIB-2006, onde foram empregados todos os navios da Flotilha do Amazonas, embarcações da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental e da Agencia em Tefé, além de um Grupo de Apoio Logístico, composto por meios da Estação aval do Rio Negro e do Deposito Naval de Manaus, tropas do Batalhão de Operações Ribeirinhas e aeronaves do 5º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral. A operação foi realizada na área do município de Coari-AM, mobilizando um efetivo embarcado de cerca de 1.000 militares. Ao Comandante da FT Ribeirinha foi atribuída a missão de restabelecer e manter o controle de uma área ribeirinha entre a foz do Paraná do Copeá até a localidade de Coari, no rio Solimões, a fim de garantir o escoamento de gás e petróleo produzido na província petrolífera de Urucu.

Participou da Operação TUCUNARÉ realizada entre os dias 13 e 22 de setembro de 2006 nos estados do Pará e Amapá sob o coordenação do Ministério da Defesa, integrando a Força Naval Marajó composta por um NPaFlu da classe "Pedro Teixeira"; um NPaFlu da  classe "Roraima"; um NPa da classe "Bracuí"; o NAsH Oswaldo Cruz – U 18; o NA Pará – U 15 e o RbAM Almirante Guillem – R 24, além de um Destacamento do Batalhão de Operações Ribeirinhas (Dst Btl Op Rib); um Destacamento do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém (Dst Gpt FNBe); um Destacamento do Grupo de Mergulhadores de Combate (Dst GRUMEC) e uma aeronave da ForAerNav.

O Exército empregou efetivos da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (Marabá-PA), da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada (Recife-PE), da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada (Natal-RN), da Brigada de Operações Especiais (Goiânia-GO), do 2º Batalhão de Infantaria de Selva (Belém-PA), do 4º Batalhão de Aviação do Exército (Manaus-AM), e da 1ª Companhia de Guerra Eletrônica, e a Força Aérea empregou meios e efetivos da V Força Aérea (Rio de Janeiro-RJ) e da I Força Aérea (Natal-RN).

2007

Entre 24 de setembro e 3 de outubro participou da Operação RIBEIREX-AM 2007 nas comunidades Augusto Montenegro, Itapeaçu  e Urucurituba, localizadas nas proximidades de Itacoatiara. A operação foi coordenada pelo Comando do 9º Distrito Naval e a FT Ribeirinha foi formada pelos Navios-Patrulha Fluviais Pedro Teixeira e Rondônia, os Navios-Patrulha Bracuí e Pampeiro, Navios de Assistência Hospitalar Oswaldo Cruz e Doutor Montenegro e o Navio-Auxiliar Pará, com a Agência de Itacoatiara prestando apoio. Foram realizados exercícios ofensivos para o restabelecimento do controle fluvial da região, por meio de Operação Ribeirinha, e Ações Cívico-Sociais (ACISO).

2009

Entre 4 e 12 de março, realizou comissão em apoio a ação "Rios de Saúde" atendendo as comunidades de Bagre (04 a 06/03), Breves (07 a 09/03) e Curralinho (10 a 12/03), no arquipélago do Marajó, com atendimentos médico e odontológico, exames, vacinação, cidadania e palestras de cunho social. Nessa que foi a quinta expedição do programa 49 servidores do Governo do Estado e cerca de 50 militares.

Em meados de maio, suspendeu de Belém transportando 150 homens do Exército para participar de uma operação no municipio de Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa. Depois de seguir para Santana, realizou a partir do dia 22 de maio uma comissão de atendimento básico de saúde e educação para moradores do Arquipélago do Bailique, além da manutenção dos faróis da localidade.

Em 26 de maio suspendeu de Santana retornando para Belém trazendo de volta a tropa do Exército.

2010

Recebeu a estação tática do SISCOMIS, para comunicações por banda X e Ku.

2011

Entre 23 de maio e 3 de junho, participou da Operação AMAZÔNIA 2011, que envolveu meios e efetivos da Marinha, Exército e da Aeronáutica em uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, abrangendo os municípios de Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Coari, Japurá, Fonte Boa, Jutaí e Yauaretê. A FT Ribeirinha era formada pelos NaPaFlu Pedro Teixeira – P 20Rondônia – P 31 e Amapá – P 32, os NPa Pampeiro – P 12 e Bocaina – P 62, o NA Pará – U 15 e o NAsH Oswaldo Cruz  - U 18, além do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3) e de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, composto por elementos do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra, do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém e do Batalhão de Operações Ribeirinhas.

No dia 21 de julho, foi realizada a bordo do navio na Baía do Guajará, pelo Comando do 4º DN a cerimônia cívico-militar alusiva aos Marinheiros Mortos em Guerra. A solenidade foi presidida pelo Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Rodrigo Otávio Fernandes de Hônkis, e contou com a presença dos titulares das Organizações Militares subordinadas e autoridades civis e militares.

Entre os dias 22 e 26 de julho esteve atracado no Cais da Escadinha, em Belém onde realizou uma ACISO atendendo moradores da capital paraense e ilhas adjacentes, com o apoio de uma equipe de médicos, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos em radiologia, do Hospital Naval de Belém. Foram realizados um total de 86 exames de mamografia, 669 atendimentos médico-ambulatoriais e 198 atendimentos odontológicos.

No dia 23 de agosto, foi comemorado o 95° aniversário da Aviação Naval, em uma solenidade militar a bordo do navio, da qual participaram da cerimônia Oficiais e Praças aperfeiçoados e especializados em aviação; o Comandante da Base Aérea de Belém, Coronel Aviador Alexandre Pinto Sampaio; o Vice-Presidente da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, Comandantes de Esquadrão de Aeronaves, além de membros da Sociedade de Amigos da Marinha-Pará.

Entre 24 e 30 de agosto realizou uma Ação Cívico-social (ACISO) na cidade de Breves-PA. Com o apoio de profissionais da área da saúde do Hospital Naval de Belém foram realizados 728 atendimentos médicos, 112 atendimentos odontológicos, e 70 exames de mamografia. Houve, também, a distribuição gratuita de medicamentos, mediante a receita médica obtida a bordo.

Como parte das atividades realizadas durante a comissão, participou, também, da “Campanha contra o Escalpelamento”, em apoio à Capitania dos Portos da Amazônia Oriental. Durante os quatro dias em que o navio permaneceu abarrancado na cidade de Breves, alcançou resultados expressivos com a colocação de 121 coberturas de eixo.

Aproveitando a viagem pela região dos estreitos na Ilha de Marajó-PA, 125 alunos do Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar embarcaram no navio, a fim de realizar parte prática do curso de formação de praticantes.

Entre 21 de novembro e 10 de dezembro realizou a Comissão CHANCE PARA TODOS XXVII, em atendimento às populações ribeirinhas das cidades de Muaná, São Sebastião da Boa Vista e Curralinho, todas na Ilha de Marajó-PA; e, ainda, Cametá e Abaetetuba, na região do baixo Rio Tocantins.

Nesta edição, foram realizados 231 exames de mamografia com laudo, 3.226 consultas médicas e 432 procedimentos odontológicos, além de distribuídos, gratuitamente, 50.405 medicamentos. Durante a comissão, foram também interrogadas embarcações em trânsito nas proximidades das localidades visitadas, sendo 122 inspecionadas quanto a possíveis irregularidades. Apoiando a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental na “Campanha contra o Escalpelamento”, as equipes embarcadas no navio realizaram, ainda, a colocação de volantes e coberturas de eixo em 140 embarcações da região.

Ainda dentro nessa comissão outros órgãos públicos operaram em conjunto com o navio, como foi o caso do Programa Justiça e Juizado Especial Itinerantes, onde foram realizados 2.328 atendimentos jurídicos, com a presença de juízes do Tribunal de Justiça do Pará, promotores do Ministério Público Estadual e membros da Defensoria Pública.

Aproveitando-se da facilidade existente a bordo para a comunicação via satélite por meio da Banda Ku, os técnicos do INSS embarcados realizaram atendimento de 454 beneficiários, com a consulta direta ao banco de dados do Instituto.

Na área de segurança pública, foram 48 atendimentos, prestados pelos agentes da Polícia Federal, da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará.

2012

No dia 12 de julho em cerimônia presidida pelo Chefe de Operações Navais e Diretor-Geral de Navegação, AE Gilberto Max Roffé Hirschfeld , recebeu o Prêmio "Contato-CNTM/ Distrital-4º  DN", relativo ao período maio de 2011-abril 2012.

Entre 5 e 22 de novembro participou da Operação RIBEIREX-AMAZONAS realizada pelo
Grupamento de Patrulha Naval do Norte, Comando da Flotilha do Amazonas, tropas
do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém e do Batalhão de Operações Ribeirinhas, além de helicópteros do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, na região de Santarém-PA, com o propósito  adestrar a tripulação dos Navios e Tropas de Fuzileiros Navais em Operações Ribeirinhas.

A Força-Tarefa ribeirinha foi formada por um GT composto pelos NPa Bocaina – P 62Guanabara – P 48Parati - P 13 e Pampeiro – P 12 e o NA Pará – U 15 do Comando do 4º Distrito Naval r o GT Fluvial 420 composto pelos NPaFlu Pedro Teixeira – P 20Raposo Tavares – P 21 e Roraima – P 30 e o NAsH Soares de Meirelles – U 21.

2013

Participou da Operação AGATA 7 realizada entre os dias 18 de maio e 6 de junho, atuando na área de jurisdição do 9º DN onde realizou Ação Cívico-Social (ACISO) na comunidade do Canivete, localizada na Ilha Caviana de Dentro, no município de Chaves, no Marajó-PA.



O u t r a s    F o t o s

O NA Pará atuando no Programa Ação Rios de Saúde, promovida em conjunto com o Governo do Estado do Pará. (foto: Monique Mascarenhas). (foto:  Land Nick) O Pará navegando com o auxilio de um Empurrador Fluvial. (foto: coleção de G. Piza, via Rogério Cordeiro) O Pará navegando com o auxilio de um Empurrador Fluvial. (foto: coleção de G. Piza, via Rogério Cordeiro)

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

ComandantePeríodo
CC Osiris José Vieira de Menezes19/01/2005 a __/__/2006
CC__/__/2006 a __/__/2007
CC__/__/2007 a __/__/2008
CC__/__/2008 a __/__/2009
CC Guilherme Lopes Malafaia23/01/2009 a 22/01/2010
CC André Gustavo Silveira Guimarães22/01/2010 a __/01/2011
CC Erico Sant' Anna Vilela__/01/2011 a __/01/201_
CC Luiz Ricardo Batista Ramalho__/__/201_ a __/01/2014
CC__/01/2011 a __/01/201_

B i b l i o g r a f i a

NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 771, jul. 2006; n.º 787,nov. 2007.

- Lloyd's Register.

Colaboração Especial do Engº Naval Eduardo Gomes Câmara, Luiz Brazil Cotta e Vagner Belarmino.

(1) Na nota do SRPM sobre a incorporação do NA Pará, consta como sendo o oitava navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Em nossas pesquisas só conseguimos encontrar ele e mais cinco: a Escuna Pará, ex-Emilia; Monitor Encouraçado Pará, CT Pará 1908-1936, CT Pará 1959-1978 e o atual CT Pará desde 1989.
(2) Pará, estado, cidade, ilha e rio do Brasil, em tupi-guarani i-pa-rá que significa "Coletor de Águas do Mar".